quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Afirmação de Novas Potências (Japão e China) e trabalho da CEE

O Japão, no final da 2ª Guerra Mundial, estava vencido militarmente, politicamente submetido à ocupação capitalista e economicamente arrasada pela perda colossal do império colonial, a marinha marcante estava arruinada tal como o sector produtivo. Analisando a derrota japonesa teve custos humanos e materiais (as populações das cidades de Hiroxima e Nagasáqui foram ceifadas pela bomba atómica e restante território; o Japão perdeu a anterior soberania para os EUA); os campos cultiváveis eram reduzidos (quase inexistentes) com isto sabemos que os recursos naturais deste país não eram suficientes tendo que ser importados quase na totalidade o carvão, o petróleo e gás para a industria; o sistema social era rigidamente hierarquizado (submetido ao imperador e à nobreza).
Porém, não é por acaso que a partir da segunda metade dos anos 50, denominamos de "milagre japonês" o desenvolvimento económico de que esta potência foi alvo.
Numa primeira fase a rápida e eficaz reconstrução urbana, a fundação de grandes complexos siderúrgico e petroquímicos, construção da maior frota petroleiros do mundo; numa segunda fase a formação empresas de industria automóvel e electrónica.
Com a sua produção ao rubro e a preços competitivos conquistaram os mercados asiáticos, tal como a Europa e os EUA com os seus sofisticados produtos de alta tecnologia. 
Aos EUA  interessava construir um Japão forte, capaz de resistir ao avanço do comunismo, assim sendo a reconstrução da sua economia foi a maior preocupação durante a ocupação americana sendo o Plano Dodge (plano de ajuda financeira e técnica) concedido; promovendo-se a democratização deste país (Japão) através do qual se restabelecia as liberdades publicas; a Constituição de 1945 que estabelecia o regime parlamentar foi aprovada; a reforma agrária foi imposta e as antigas indústrias bélicas desmantelaram-se em detrimento dos bens de consumo. 
A estabilidade política era assegurada pelo Partido Liberal-Democrata, no poder desde 55. O incentivo de controlo da natalidade; o acesso ao ensino - que desencadeou uma população exigente no que respeita à formação dos seus trabalhadores; a mentalidade tradicional - marcada pela disciplina e obediência incontestável em detrimento das empresas; a importação de tecnologias estrangeiras; a intervenção do Estado em 60, no incentivo das actividades económicas através de um regime fiscal favorável ao investimento e à entrada de capitais estrangeiros direccionados para a indústria moderna e para as novas tecnologias, sob iniciativa privada e a manutenção dos sectores económicos tradicionais como a agricultura e artesanato. 
Concluo com os gráficos seguintes para reforçar esta ideia.
Fig. 1. Desemprego japonês até 2010
                                    
                                       
Fig. 2. Poupanças por grosso nacional
                                      

Fig. 3. Japão: distribuição da população economicamente ativa. 1920 – 1969 (em milhares)

No caso da China, a revolução de 1949 teve o apoio da superpotência URSS, no âmbito da sua expansão no Oriente asiático, o que indicava que haveria uma transformação num imenso mundo comunista liderado pelos russos, porém isto não se verifica...
Em 1949, Mao Tsé-Tung fundou a República Popular da China. 
A política de Mao era assente nos camponeses enaltecendo-os. Mao fez a revolução na China apoiado no campesinato, sendo assim um movimento de massas, liderada pelas massas.
A partir da morte de Estaline, líder russo, as relações sino-soviéticas já deixavam transparecer divergências. Face aos maus resultados económicos, a adopção do modelo soviético suscita violentas reacções. 
Como já referi, o campesinato era o que contava, assim sendo as medidas económicas visavam o desenvolvimento agrícola. Em 1958 foi levado a cabo uma reforma económica "o grande salto em frente"  que tinha em vista o redobrar dos esforços para que a China alcançasse os níveis de produtividade ocidentais. A importância que era dada à indústria pesada foi abandonada, sendo substituída pela reorganização das actividades económicas rurais e industriais, através da eliminação do sector privado e da diminuição da presença do Estado, sendo que se privilegiavam as produções agrícolas e as pequenas indústrias a nível local, estabelecendo-se assim um modo de vida comunitário. 
Porém o resultado desta política original por parte da China, resultou num tremendo fracasso sendo que foram milhões as mortes que advieram desta originalidade do comunismo chinês.
Em 1960, as divergências com os russos eram ainda mais graves, sendo que em 1961, Mao critica as relações de Kruchtchev com o Ocidente capitalista, acusando-o de se desviar do ideal socialista, denunciando o revisionismo soviético e recusando terminantemente a coexistência pacífica com a burguesia e o imperialismo capitalista. 
Para responder a isto, Mao, lança em 1964, a Revolução Cultural, que tinha como objectivo de recuperar o ideal revolucionário e de eliminar alguns opositores, criando um Homem novo através da mudança das mentalidades.
No início dos anos 70 a China inicia o processo de abertura ao entendimento pacífico com o Oriente.
Em 1971, o Presidente Nixon visita Pequim, numa mostra de mudança dos rumos da política internacional. A República Popular da China foi admitida na ONU.
Ao longo doas anos 70 a China vai-se afirmando  como nova potência económica no Oriente comunista. 
Após a morte de Mao, os novos dirigentes iniciam uma mudança na Revolução Cultural, abrindo a economia chinesa à iniciativa privada e ao investimento capitalista dos países ocidentais.


Fig. 4. Mao Tsé-Tung
                              






Fig.5. Visita do Presidente Nixon à China






Deixo aqui um link de um trabalho realizado por mim sobre a CEE


http://pt.scribd.com/doc/82421231/CEE



Bibliografia: 
Google;
Livro de exames 2012 Porto Editora;
Guia de estudo Porto Editora;
Livro Historia A 12 Porto Editora.



Realizado por:

Mónica Gomes





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